sexta-feira, 21 de maio de 2010

PERCEBER A CEGUEIRA - Articulação de ciclos e de saberes

Na Escola da Ega a turma da Profª Fernanda vivenciou um experiência pedagógica bem diferente. Desta feita, um grupo de alunos do 12º ano do CAIC, foram juntos dos mais pequenos experenciar e partilhar com os mais pequenos tudo aquilo que já aprenderam sobre os invisuais, no âmbito da sua disciplina de área projecto.




(Profª Fernanda / Escola da Ega)
No dia 10 de Maio de 2010, um grupo de jovens do CAIC, veio à EB1 da Ega ensinar variadas coisas sobre a cegueira: a maneira de como vivem, se deslocam, se informam e também as dificuldades que sentem ao andar nas ruas.
A cegueira é a falta de visão, por isso os cegos utilizam o “Braille” que é uma escrita especial
Os jovens dividiram os alunos em grupos e formaram várias secções: a dos sons, do cheiro, do tacto, da leitura e escrita em Braille e, por fim, o percurso dos obstáculos.
Na secção dos sons havia garrafas com coisas lá dentro (pedras, moedas, arroz, feijão, massa) e os alunos tinham de adivinhar o que estava lá dentro através do som.
Na secção do cheiro tinham de fechar os olhos e cheirar alguns copos. Utilizando o olfacto tentavam descobrir o que tinham dentro.
Na secção do tacto tinham os olhos vendados. Depois de apalpar quatro objectos tentavam descobrir o que eram.
Na secção da leitura e escrita em Braille manipularam um livro escrito em “Braille”, “aprenderam” o abecedário Braille, tentaram ler e ordenar as partes de um texto, … Por fim cada aluno escreveu mensagens em Braille que depois foram trocadas e decifradas por outro colega.
No final, de olhos vendados, cada aluno fez um percurso com vários obstáculos que não podiam derrubar.
Foi um dia muito proveitoso, aprendeu-se muita coisa. Foi bom tomar contacto com o modo de vida de pessoas com algumas limitações, coisa que normalmente passa despercebida. As crianças ficaram muito sensibilizadas para o problema da cegueira, assim como os problemas que os cegos enfrentam no seu dia a dia.
O grupo que liderou a actividade foi muito responsável e organizado, adaptou as actividades à idade das crianças (entre 6 e 9 anos), utilizou materiais do dia a dia preparados para o efeito.
Deveriam ser alargadas estas actividades a mais escolas

segunda-feira, 10 de maio de 2010